


Passados 35 anos desde o primeiro diagnóstico de HIV/AIDS no Brasil, a situação das pessoas que convivem com a doença mudou, porém o tema ainda é cercado de tabus e preconceitos que fazem com que o problema se expanda da esfera biológica para a social.
A década de 80 abrigou uma grande revolução. A época da libertação sexual seria marcada pela descoberta da doença. A novidade causou pânico na população, que desconhecia as formas de contágio. Em busca de classificar de alguma forma o que não se conhecia, o mal chegou a ser chamado de “peste gay” devido o grande número de homens homossexuais que eram acometidos pela AIDS. Une-se desinformação com ignorância e o resultado é um estigma difícil de ser derrubado. Os prognósticos dos pacientes com AIDS não davam esperanças de melhora, sendo a única forma de tratamento os cuidados paliativos.
Ciência e sociedade vêm lutando contra a doença de diversas formas, seja na prevenção, tratamento e outras formas. Mas a informação é a principal arma contra o HIV/AIDS. Dito isso, o especial VIDA POSITIVA se propõe a esclarecer dúvidas e dar voz a pessoas soropositivas em busca de mostrar como é a vida de uma pessoa com HIV atualmente.

Apesar de ser referência no tratamento e acolhimento ao cidadão soropositivo, o Brasil apresentou dados recentes que preocupam. Segundo estudo publicado pela UNAIDS, os índice de novos casos de HIV caiu em escala global, porém o Brasil apresentou aumento, principalmente em jovens homossexuais do sexo masculino.
Uma das justificativas para o aumento de novos casos entre jovens se deve ao desconhecimento sobre os perigos da doença, já que não viveram o medo causado pela descoberta nos anos 80.
Os aplicativos de encontros também estão na lista de possíveis causas, virando assim alvos de campanhas de conscientização.
Outra faixa etária que apresentou aumento nos últimos estudos foi a de adultos com 50 anos ou mais. Muitos por viverem uma união estável deixam de usar o preservativo durante o sexo.